“Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito: Assim será a tua descendência.” (Romanos 4:18)
Note bem a expressão “esperando contra a esperança, creu…”. Embora essa pareça uma frase contraditória, esse trecho bíblico fala sobre dois tipos de esperança diferentes. No grego, a língua em que o Novo Testamento foi originalmente escrito, a palavra “esperança” é “ELPIS”, que significa: “uma alegre e confiante expectativa de coisas boas”. Na verdade, o que o texto de Romanos 4:18 nos diz é que Abraão se firmou sobre essa qualidade de esperança, a esperança bíblica, que se baseia nas promessas do Deus Vivo e que é uma alegre e confiante expectativa de coisas boas. Foi isso que ele usou como base para a sua confiança: o que lhe fora prometido por Deus, que ia contra aquela esperança natural, que se baseia em possibilidades matemáticas, porcentagens, no que se vê ou sente, e apenas diz: “tomara que dê certo”. Se a esperança de Abraão se baseasse em chances naturais, ele teria muito mais motivos de desesperança do que de esperança, pois aos 75 anos de idade, quando Deus lhe falou pela primeira vez, dando-lhe a promessa de uma grande descendência, ele não tinha um filho sequer. Isso, sem levar em conta que sua esposa, Sara, então com 65 anos, nunca tivera um filho, mesmo na juventude. Mais tarde, quando Abraão era de 100 anos de idade e Sara de 90, finalmente veio o filho daquela promessa, Isaque. Durante 25 anos, a esperança que Abraão e Sara nutriam em seu coração, foi gerando uma fé inabalável de que aquilo o que Deus havia prometido não falharia, pois quem fez a promessa é fiel, até que finalmente a fé se estabeleceu, se concretizou e a promessa se cumpriu de forma milagrosa, e não de acordo com as possibilidades naturais.
Não pense que foi algo fácil. Pode ter a certeza de que na mente daqueles dois, durante muito tempo houve uma constante batalha. O Deus invisível havia prometido algo sobrenatural, impossível de se realizar através dos recursos humanos, mas o que se podia ver dizia que nada iria acontecer. Essa batalha também ocorre em nossa vida, quando lemos na Palavra de Deus as promessas maravilhosas que ele tem para nossa família, nossa saúde, nossas finanças, e quando olhamos à nossa volta o que vemos nos dá uma tremenda desesperança. Mas faça como fez Abraão. Ele não fechou os olhos para a realidade, no entanto aceitou o desafio de crer e se fortaleceu dando glórias a Deus contínua e constantemente, por aquele milagre que parecia que nunca viria a se realizar. Foi assim que ele nutriu a esperança viva, divina, contrária à esperança natural que se baseia em possibilidades, e com isso foi gerando uma fé sólida em seu coração e por fim ele recebeu a concretização da promessa.
A esperança bíblica é o plano, como se fosse a planta baixa de um edifício; a fé é o prédio, a construção em si. A fé trabalha em cima da esperança! Primeiro vem a esperança, depois vem a fé. E essa esperança que se baseia nas promessas de Deus não confunde, não desaponta, porque é sustentada pelo amor de Cristo, que é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo a cada nova manhã.
Por isso, não desista de acreditar, de sonhar, de nutrir esperança em seu coração. Acorde a cada dia na expectativa de coisas boas. Não é uma questão de possibilidades, mas daquilo o Deus nos prometeu, Jesus já conquistou pra nós, e agora você crê.
Creia nisso: O Senhor Jesus é Deus e é poderoso para alterar circunstâncias e situações, para que você seja favorecido.
Cresça em fé, viva vencendo, seja uma benção.
Pastor Mauricio Fragale